Por que alguns homens, sem conhecimento das ciências, inclusive ciências religiosas, tornaram-se santos tendo como o único livro o Crucificado?
Porque não se limitaram a contemplá-lo, ou a venerá-lo e a beijar-lhe as chagas, mas procuraram revivê-lo em si mesmos. E quem sofre e está na escuridão enxerga mais longe do que quem não sofre, exatamente como é necessário o sol se pôr para que se vejam as estrelas.
O sofrimento ensina aquilo que não se pode aprender de nenhuma outra maneira. Ele ocupa a mais alta cátedra.
É mestre de sabedoria e quem possui a sabedoria é bem-aventurado (cf. Provérbios 3,13). “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados” (Mateus 5,5), não só com o prêmio na outra vida, mas também com a contemplação de realidades celestes já na terra.
É preciso aproximar-se de quem sofre com aquela reverência e até mais com que outrora nos aproximávamos dos anciãos, quando deles esperávamos a sabedoria.
Chiara LubichToni
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